quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Reflexões sobre o Amor

Estava eu a perder meu tempo vendo televisão neste fim de semana, quando me deparei com o trailer do filme “O Amor nos Tempos do Cólera”. O que ele tinha de especial? Não... não é porque ele é baseado num livro que eu particularmente amo.. O que me chamou a atenção foi uma frase do trailer: “Quanto tempo você esperaria pelo seu amor?”.

Sendo eu uma mulher apaixonada que estava longe do seu amor... Não precisa ser muito gênio pra entender o motivo da frase me chamar a atenção. Mas não é só isso. Pensemos sobre o assunto: O que leva alguem a manter-se fiel a memória de um amor que acabou (ou que nunca começou)?
Há – obviamente – a resposta: Porque esta pessoa ainda ama! Sim... mas este amor platônico não seria uma causa maior de sofrimento do que o esquecimento do antigo amor?

Posso dizer por experiência própria... Não! É obvio que se sofre (e muito) ao amar alguem que por um motivo ou por outro não está com você! Mas se sofreria muito mais se mandássemos esse amor para o esquecimento. Por que? Porque o que se ama não é a idéia do amor (o amor idealizado) mas sim a pessoa que desperta tal sentimento (que – este sim... mais cedo ou mais tarde acaba sendo idealizado em maior ou menor grau). E esquecer o amor que se sente equivaleria a esquece-la! Há também a centelha de esperança de que tal pessoa um dia venha a te amar. E – por causa dessa esperança – pode-se esperar meses (até anos) por tal pessoa! (Como já diria noso querido apóstolo Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”. (I Co 13:13). 1

Para continuarmos na Bíblia, outra passagem que me veio a mente quando ouvi a frase do trailer (Passagem essa que será a inscrição da minha nova tatuagem) é: “No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo” (I Jo 4:18a). Pense um pouco... qual o maior problema dos enamorados? O medo! O medo de não ser amado, o medo de estar fazendo a coisa errada... e por aí vai! Para curar isso, é só nos lembramos do que João escreveu2! Não que todos os medos serão apagados como por mágica... mas sim... o amor será sempre mais forte do que qualquer medo que se venha a ter!

Bem... a verdade é que a esperança de todo apaixonado é que sua história seja como a narrada em Cânticos dos Cânticos. “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte (...) As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá- lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8:6-7)

Béria Lima

PS.: Quando eu assistir ao filme (o que acontecerá ainda essa semana) eu conto aqui!


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1 Alias, o décimo terceiro capítulo da primeira carta aos coríntios é uma ótima leitura pra quem quer entender o amor (seja platônico ou não!).

2 Este capítulo quase todo é uma ilustração do amor de Jesus por nós, recomendo a leitura a partir do verso 7.

(publicado originalment no Cruz sub Rosa)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Férias!!!



Oia eu aqui de volta, Povo meu!!


Dessa vez volto eu super-hiper-mega-feliz... Porque? Por que estou oficialmente de férias!!!


E não só estou de férias... Como passei em todas as matérias!!! (Sem exames... sem recuperações... e [quase] sem estudar!!)


Pense o tamanho da minha alegria!!!!


(pra simples conferência... ai vão as notas finais: História do direito 7,7; Ciências Sociais 9,4; Ciencia Politica 7,9; Dir Penal: Apl. da lei penal e teoria do crime 7,0; Direito Civil: Pessoas e Bens 8,9; Comunicação e expressão (vulgo Português I) 7,9. )


Pense numa mulher Feliz...


Bom dia pra vcs povo!!!


(Béria Lima)


(publicado originalment no Cruz sub Rosa)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Conto (a versão de Katrina)



Katrina havia finalmente se libertado do mundo dos livros. E andava contente consigo mesma. As suas idéias, que não haviam sido aceitas no monastério, agora eram bem vindas entre os estudiosos do mundo exterior. A previsão de Meste Zózima de que ela não seria feliz fora dos muros do mosterio não se cumprira.

Não que Katrina desse atenção as idéias e previsões de mestre Zózima. Katrina gostava de pensar por si só... Sua mãe havia lhe ensinado, desde a mais tenra infância, que só é digno de ser seguido aquele que age de acordo com suas palavras. E mestre Zózima não fazia assim. Afinal, se ele soubesse tudo que ele imaginava saber, saberia que o seu discipulo favorito (a quem, segundo se contava a meia voz, ele teria ensinado a arte da Alquimia) fugiria do monastério. Sua mãe também lhe dera a paixão pelas descobertas. Katrina adorava desvendar segredos. E o mundo exterior era um poço de segredos ainda não descobertos...

Ela passou a frenquentar a biblioteca a fim de descobrir os segredos do mundo exterior... e foi lá, na biblioteca, que Katrina encontrou num certo dia o monge que havia fugido do monastério, Aliocha. Katrina o reconheceu... mas ele não. Parecia estar sob um feitico, um encatamento.... Ele estava a algum tempo no mundo exterior, e vinha a biblioteca continuar seus estudos (segundo o mesmo tinha revelado a Katrina).

Katrina não gostava de monges... eles eram, na sua maioria, muitos cheios de si, e ela não concordava com as regras seguidas por eles. Mas aquele monge era diferente. Ele também não concordava com várias das regras do monastério (daí o motivo da sua fuga), mas permanecia como monge por amor. E do amor Katrina nada conhecia.

Aliocha definitivamente era diferente de tudo que ela já havia visto. Ele tinha amor aos estudos... tinha também uma sabedoria inata. A jovem russa se perguntava como ele poderia ser tão inteligente... era como se ele conhecesse todos os segredos e mistérios do mundo. Mas o melhor daquele russo era que ele estava disposto a compartilhar os seus segredos com Katrina.

Passaram a se encontrar com regularidade. Mas Katrina não mais estudava os segredos do mundo exterior, e sim os segredos daquele jovem ex-monge. Já não se interresava mais com os problemas da Rússia, todo seu interresse era pelo jovem russo a sua frente. Falavam sobre tudo, das teoria do fim do mundo a febre do czar, e ela cada vez mais se encantava com a sabedoria dele. Ele ainda a fazia sorrir. Ninguém, em muito tempo, a tinha feito sorrir. E katrina admirava ainda mais Aliocha por isso.

Um dia, numa de suas caminhadas pelas esquinas de Moscou, Aliocha lhe pediu um beijo. Mas, pelo czar! Ele era um monge! Katrina não podia fazer aquilo! E por isso disse não, apesar de querer dizer sim. Mas Aliocha era insistente, lhe pediu para beijar a face (que mal há nisso? - pensou a jovem) e atendeu o pedido dele. E soube, no instante sua face foi tocada pelos lábios de Aliocha, que cometera um erro. Soube que estava sob o feitico de Aliocha.

Em uma noite de chuva, lua escondida, eles passearam pelas ruas e esquinas de Moscou. Juntos. E ali, no compasso inevitável das horas, na espera nervosa pela carruagem, na água de chuva a molhar rostos, cabelo e almas, um beijo nasceu. E Katrina nada podia fazer a respeito, afinal ela estava sob o feitico de Aliocha. E ali, naquele exato momento, Katrina descobriu mais um segredo: O Amor. Descobriu também que a vida fora dos livros era muito mais interresante do que jamais o fora. E soube, no íntimo do seu ser, que a sua história com aquele monge alquimista estava apenas comecando...
(Béria Lima)


(publicado originalment no Cruz sub Rosa)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Weber, Marx e a democracia brasileira

É povo...

Vida de estudante é uma droga mesmo! Em plena semana de provas (Se eu obtiver boas notas entro de férias até fevereiro... Graças a Deus!) eu tenho prova (Hoje!) de Ciências Sociais.

(E aí vc me diz: E kiko? - Vc realmente não tem nada a ver com isso, mas me deixe terminar o raciocínio!)

E me deparo com o conteúdo da prova (sim.. só resolvi estudar hoje... NERD é uma desgraça mesmo... e a auto-confiança piora (e muito) a situação!! rs), eis-lo:

* Weber: Ação Social, atitude do cientista, Ética Protestante e o espírito do capitalismo;

* Marx: Alienção política e econômica, Classes sociais, trabalho valor e lucro;

* Industrialização Brasileira;

* Globalização de Produção;

* Democracia.

(Aqui vc me interrompe de novo com a perguntinha cretina: E daí?
- E daí?? Cara, deixa eu terminar a p*** do raciocínio!!)

E daí que alem de eu não estar nem meio afim de estudar tal assunto, meu professor ainda me deixou com as piores partes do pensamento de Marx e Weber. Tem tanta coisa mais importante sobre eles pra se estudar ... ter que estudar a parte sociologica da história é terrível... até porque (eu perguntei) eu não posso mesclar a sociologia deles com as correntes filosóficas que eles defendiam.

Agora vamos pensar: Como estudar a conclusão do pensamento e não estudar as bases que o levaram a essa conclusão?? Só por um milagre pra se entender a diferença entre as conclusões.

E viva o ensino superior brasileiro!! rs

PS.: Detalhe da história é que a "Democracia" que temos que estudar é a brasileira... Alguem aí já ouviu falar em democracia neste país??

(Béria Lima)

(publicado originalment no Cruz sub Rosa)